Ford Motors - Resumo Histórico, Teorias e a Ford (Trabalho sobre a Ford Motors)

RESUMO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO (FORD MOTORS)

Trabalho realizado como atividade complementar para obtenção de nota na disciplina de Teoria Geral da Administração II (Universidade Federal do Pará, 2019) (Não é permitida a copia)

Logotipo da Ford Motors

Aos 39 anos Henry Ford funda a Ford Motor Company no ano de 1903 com um investimento de US$ 28.000 de doze investidores. Em 1908, H. Ford introduz o primeiro motor com cabeça de cilindro removível no Modelo T; 1929 a organização sobrevive a grande depressão; em 1958 a empresa entra no mercado de caminhões de grande porte. Em 1964, é lançado o MUSTANG, um carro direcionado para um público jovem em busca de emoção, que vendeu 22.000 unidades em seu primeiro dia. Custando metade do preço do CORVETTE produzido pela concorrente Chevrolet. No ano de 1989, a empresa lança um de seus produtos de maior sucesso na linha de utilitários, a FORD RANGER. Em 1996, a companhia lança um carro mundial, o FORD MONDEO. Três anos mais tarde pagou U$6.4 bilhões pela Volvo e lançou o modelo FOCUS. No fim de 2002, foram lançados 15 novos modelos. Chegou ao Brasil no dia 1 de maio de 1919, instalando-se em SP; A empresa foi a primeira montadora de veículos a instalar-se oficialmente no país. Em 1923 a filial brasileira produzia 40 veículos por dia, contava com 124 funcionários e capacidade de produção anual de 4.700 carros e 360 tratores.

A FORD é a quarta maior produtora de carros e caminhões do planeta, com faturamento superior a US$ 128 bilhões, 1 64 mil empregados, mais de 5.3 milhões de veículos vendidos em 2010 e mais de 70 fábricas, instaladas em países como Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido, Alemanha, Turquia, Brasil, Argentina, Austrália e China. Depois dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha são os mercados mais importantes para a marca no mundo.

MISSÃO

Somos uma família global e diversificada, com um legado histórico do qual nos orgulhamos e estamos verdadeiramente comprometidos em oferecer produtos e serviços excepcionais, que melhorem a vida das pessoas.

VISÃO

Ser a empresa líder mundial na avaliação do consumidor em produtos e serviços automotivos.

POLÍTICA DA QUALIDADE FORD

Atingir continuamente resultados consistentemente melhores em termos de Satisfação do Consumidor com nossos produtos e serviços. Processos e pessoas têm sido e sempre serão a chave para conseguirmos estes resultados.

TEORIAS E A FORD

Para que a Ford se diminui o valor da produção, assim deixando o produto final com preço mais acessível, foram necessárias mudanças no modo de produção.

Foram aplicadas as teorias de Taylor e Fayol, assim implantando a primeira esteira de montagem, evolução de proporcionou mais rapidez na produção, o veículo e a ferramentas necessárias eram trazidos até o operário pela esteira, cada trabalhador era responsável por pequena etapa do processo produtivo, desse modo exigindo cada vez menos profissionais qualificados, porém necessitando de mão-de-obra em larga escala.

Também houveram mudanças organizacionais, as fábricas foram verticalizadas, a Ford era responsável pela produção de quase todos os componentes do carro, desde os vidros, pneus e metais dos chassis.

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A introdução da linha de montagem, principalmente com a adoção da esteira transportadora em 1913, inicialmente na fábrica de Highland Park, ocorre importantes mudanças na forma de organizar o trabalho. Que passa a ser desqualificado, parcelado e repetitivo, nesse sentido. Podemos supra citar que, a força de trabalho foi elevada para cerca de 125 trabalhadores, e a companhia colocou no mercado 1.700 carros naquele ano. Todos os componentes eram contratados fora. Somente a montagem e o projeto de algumas partes eram feitos na oficina.

            A empresa em termos de eficiência e produtividade com a intervenção da administração da produção, definindo as tarefas e os movimentos físicos dos trabalhadores - em um certo sentido a esteira passa a decidir por eles -, perdem os operários em termos de autonomia de decisão e de espaço de manobra no controle do processo de trabalho

Em termos objetivos, a "teoria de relações humanas" e a "ciência de Léon Walther" se assemelham. Ambas, partindo de premissas diferentes, buscam controlar o trabalho humano na linha de montagem e assegurar um certo nível de eficiência e produtividade.

Em resumo, a grande transformação estratégica na teoria das relações humanas é, através dos 'grupos primários', harmonizar os interesses entre capital e trabalho. Defende o movimento, padrões de lideranças mais 'democráticos', participação nas decisões, incentivos psicológicos e sociais.

Em resumo, tivemos oportunidade de observar algumas transformações importantes que ocorreram na organização do trabalho na linha de montagem, desde a superação do trabalho qualificado realizado por equipes autônomas, com a introdução da esteira transportadora, o debate entre as afirmações da Escola de Relações Humanas (primado do social).

Teoria de relações humanas", embora reduzindo a questão de alienação do trabalho a uma questão meramente psicológica, mesmo sem saber, acertou: a "produtividade depende de fatores psicológicos”.

Remodelando os seus trabalhos no período de 1932, justamente na grande depressão e baixa de vendas nos EUA, em que, uma forte exportação para os países europeus alavancando e aprimorando o seu relacionamento empresa – empregado. Salvando a empresa de um agravo financeiro.

TEORIA ESTRUTURALISTA 1947

 Visando uma nova jornada, a Ford entra em um novo patamar, utilizando princípios da teoria estruturalista. Colocando em pratica o conceito de reengenharia, por exemplo colocando sistemas em seu mecanismo de produção, algo inovador para a época, por volta de 1950.Teoria Estruturalista critica a rigidez do modelo burocrático, pensando em uma forma de melhor administrar conflitos que sempre acontecem entre as pessoas que estão em uma empresa e o seu público, ou seja, ela quer minimizar os atritos que acontecem no relacionamento “cliente-empresa”.

Os grupos informais tendem a criar uma comunicação livre, um estímulo à iniciativa para resolução de problemas e autoridades não nomeadas pela posição hierárquica que podem trazer conflitos dentro da organização.

Passando do homem operacional para o homem organizacional e flexível, redesenhando os conceitos de produção. Ademais, um ponto marcante na trajetória Ford foi o avanço e o boom da tecnologia. Depois que foi lançada a primeira bomba nuclear, fazendo com que novos moldes de aperfeiçoamento e conceitos viessem à tona, por exemplo, o veículo FORD V Thunderbird, que salvou a companhia da falência. Recheado de tecnologia, designer e sofisticação além de seus clientes poderem escolher a cor do veículo, valorizando mais o veículo e passando um ar de empoderamento por ter um carro de cor “diferente” do tradicional preto.

NOVAS ABORDAGENS ADMINISTRATIVAS.

Como podemos observar, as novas abordagens administrativas a partir dos anos 2000 possibilitou um grande avanço na linha de produção de grandes indústrias, dentre elas a Ford que acompanhou esse processo de adaptação. A globalização dos dias atuais impõe que as fabricas utilizem de seu modelo mais avançado, com sistemas rápidos que potencializem a produção por meio do uso da tecnologia. Desde o princípio foi isso que a teoria de Ford buscou, dar mais agilidade e resultados em menos tempo para a linha de montagem. Com base nesse avanço nota-se nos dias hodiernos a predominância da Indústria 4.0, que mostra o novo ramo industrial agregando conhecimentos da robótica, automação e tecnologia da informação, esses fatores juntos introduzem maior mobilidade e resultados para a empresa.

Nesse ramo, no ano de 2018 a Ford conduziu o evento que possibilitou a apresentação de novas tecnologias no segmento da Indústria 4.0, com a mostra de um exoesqueleto, que é uma ferramenta utilizada pelo operário no ambiente de trabalho que garante maior mobilidade e conforto para a linha de montagem. Essa tecnologia garante a possibilidade da realização do trabalho sem grandes esforços físicos, em que, a empresa investe em pesquisas do tipo para garantir maior segurança e eficiência no trabalho. Como pode ser visto desde o princípio em teorias passadas a preocupação com o bem-estar dos operários.

EXOESQUELETO NA LINHA DE MONTAGEM.

Além de contar com essa tecnologia a Ford conta com um grande sistema de controle e qualidade na produção. Podemos notar isso pois, ela conta com um amplo acesso de todos os setores de cada uma de suas empresas via web, que vai desde os funcionários a cada peça montada em cada etapa do processo, cada peça traz consigo um código de barras e QR Code e caso ocorra algum defeito torna-se mais rápida a sua substituição, tudo isso é possível graças ao Sistema de Informação da Fábrica (FIS), que via web faz o monitoramento por meio de câmeras de toda produção. Além disso, existe a utilização da impressora 3d que garante suporte as pesquisas por meio de testes e ajustes de peças, isso gera redução de custo e tempo para a produção, no mais a realidade virtual está presente na empresa para ajudar na engenharia de cada carro e peça a ser montado. Portanto desde o início Henry Ford mostrou em sua teoria da evolução no setor da produção e linha de montagem, hoje em dia é vista como a nova abordagem administrativa que garante produzir mais em menos tempo com maior qualidade e controle da tecnologia, tornando a visão da Ford para o futuro uma das melhores possíveis.

CONCLUSÃO

            É visto então que as teorias influenciaram muito e continuam influenciando a Ford e muitas outras empresas que realmente buscam melhoria, inovação e desenvolvimento face a novas mudanças que surgem a cada dia. Por exemplo, as teorias de Taylor e Fayol contribuíram para melhor gestão de produção e de pessoal, assim obtendo aumento na produtividade e eficiência dentro do pátio de produção, por consequência da necessidade também de inovar devido a globalização eminente na época onde novos concorrentes surgiram, obviamente quem não produzisse rápido e melhor o bastante não “jogava”, a Ford propriamente se saiu bem, já que continua no mercado até os dias atuais.

            Além das Teorias de Ford e Fayol percebe-se grande aquisição dos valores colocados pela Teoria Comportamental e Teoria das Relações Humanas, ao que diz respeito segurança do trabalho, benefícios, salário competitivo e bons ambientes de trabalho, hoje em dia sabe-se que o patrão consegue aumentar a produtividade dando incentivos aos seus colaboradores, o tempo em que os de alta hierarquia usavam de coação para aumento de produtividade realmente está passando e há uma alavancagem da humanização perceptível que reafirma que tudo se renova sempre.

            Quem estuda as teorias e consegue aplicar na prática tem realmente grandes chances de serem bem sucedidos em seus projetos, pois quem criou tais teorias testaram e confirmaram seus efeitos benévolos em prol da organização, e essa organização também é feita de pessoas, não só de máquinas, união tal de pessoas com organização sendo ela saudável se faz necessária, para alcance de objetivos tanto organizacionais quanto pessoais, além de se fazer necessária também a observância inequívoca nos estudos confirmados para obtenção da produtividade máxima, com pouco gasto de recursos e maximização do lucro final.

Referenciar:

LUCIO, T.D.S; MARCOS, L.A.C; BRAGA, J.P.S; TRINDADE, J.F.B.M; BARBOSA, J.M.S. Teorias atreladas à Ford em tempos passados e atuais. Universidade Federal do Pará: 2019.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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